O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) deteve, em Maputo, três cidadãos, com idades entre 30 e 35 anos, pelo desvio, através de fraude electrónica, de mais de seis milhões de meticais de um banco da praça.
Os indiciados se aproveitaram da falha de sistema bancário, e foram a uma casa de jogos fazer apostas de somas avultadas. Eles pediram aos gestores da casa de jogos para pagar o dinheiro em espécie.
O SERNIC suspeita que a fraude tenha ocorrido em conivência com alguns trabalhadores do banco defraudado.
“Efectuaram a abertura desta conta já com um propósito. Foi uma questão de semanas para que efectivassem essa defraudação nessa instituição bancária, depois de alguns meses de preparo, isto é, conseguir os documentos para irem abrir essa mesma conta. E logo depois da abertura dessa conta efectuar este tipo de fraude. Queremos acreditar que eles possam ter tido alguma informação de alguns funcionários do banco”, disse o porta-voz do SERNIC, citado pela Rádio Moçambique.
O cartão utilizado nas operações pertence a um dos cidadãos ora detidos, que emprestou aos amigos para fazerem as apostas. O cabecilha do grupo disse que na emoção dos jogos um dos amigos não notou a falha no sistema bancário.
“Na medida que o jogador vai jogando ele fica impotente, fica parecendo que está cego. Fica obcecado. Eu já tinha 35 mil na mão. Queria ver o que já tinha ficado depois de tudo que já tinha tirado”, contou um dos indiciados.
Da verificação feita notou que o valor não tinha sido debitado da conta, e continuou a raspar o cartão sem que o valor fosse debitado.
O porta-voz do SERNIC, Hilário Lole, diz tratar-se de um tipo de fraude frequente, pelo que a corporação tem trabalhado com mais frequência com instituições bancárias para prevenir a ocorrência desses crimes.
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