O cabeça-de-lista do partido Renamo a Governador da província da Zambézia, Manuel de Araújo, denunciou, na quinta-feira, na cidade de Quelimane, ilícitos eleitorais orquestrados para beneficiar o partido Frelimo, ao que considerou de “Golpe de Estado Militar”.
Perante jornalistas, apresentou 116 boletins de voto nos quais os preenchidos favoreciam o partido no poder, a Frelimo.
“Como é que estes boletins originais estão fora do circuito do STAE”, questionou.
Disse que já previa a ocorrência de fraudes para beneficiar a Frelimo, pelo que até já tinha alertado a comunidade internacional sobre ilícitos.
Segundo D’Araújo, os presidentes e vice-presidentes de Mesas de Voto não assinaram editais de votação, em várias escolas. Disse que essas ocorrências envolveram o Director provincial do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), o Comandante provincial da Polícia da República de Moçambique, o Director provincial das Finanças.
Alguns editais e actas preenchidos foram extraviados após serem assinados; lamentou a detenção da delegada de candidatura por contestar processo de invalidação de boletins de voto que davam margem de vantagem ao partido Renamo; o STAE carregou urnas de votação onde não foram assinados editais e actas.
Entretanto, o Director provincial do STAE desconhece os mais de cem boletins de voto apresentado por Manuel de Araújo.
Lourenço Fato disse que recebeu a informação com alguma surpresa porque não faria sentido algum, um dia após a votação, surgirem boletins de voto pré-votados.
“Eu não sei com que pretexto esta pessoa veicula este tipo de informações”, disse.
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