O presidente do conselho autárquico de Quelimane, Manuel de Araújo, considerou, hoje, que o país “está a arder” por falta de justiça, e, além disso, promete levar à barra da justiça os comandantes provinciais da Polícia da República de Moçambique e da Unidade de Intervenção Rápida (UIR).
“Este país está a arder porque a justiça não funciona. Temos juízes e procuradores corruptos. É por isso que há impunidade, aqueles que roubam não são punidos. O povo está a ficar cansado” disse.
Recordou que o comandante da UIR já tem um processo instaurado, mas que o mesmo está a ser esquecido pelo procurador Fred Jamal. Trata-se de um processo sobre uma detenção de Manuel de Araújo no ano passado.
“Queremos aquele comandante julgado e condenado” frisou.
O autarca disse que obteve informações privilegiadas sobre quem ordenou agentes da polícia para disparar gás lacrimogénio contra os munícipes que o receberam no Aeroporto de Quelimane.
“Estamos muito preocupados com a actuação da polícia. Vamos levar a barra do tribunal, o comandante provincial da polícia e o comandante da UIR” referiu.
Notou que as marchas em Quelimane têm sido pacíficas, mas que a polícia confunde com passividade.
“Se dermos ordens, isso não vai prestar. Sr. comandante, estamos a pedir, mas estamos a avisar, não nos provoque. Queremos a paz, mas se nos provocarem, também podemos dar ordens e vamos ver se essas vossas balas vão matar a todos nós” avisou.
Segundo D’Araújo, que falava à margem do lançamento da primeira pedra para a construção do Mercado Central da cidade, os projectos de desenvolvimento da oposição não são do agrado do partido no poder, a Frelimo.
“Não estão felizes. Querem criar desordem para depois declarem Estado de Emergência e o Presidente Nyusi continuar Presidente da República e não ir preso sobre as dívidas ocultas. Nós sabemos qual é o plano” referiu.
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