Os protestos pacíficos evoluíram para manifestações violentas e se revelaram “terrorismo urbano”, afirmou o Comandante Geral da Polícia da República de Moçambique.
Moçambique vive, desde 21 de Outubro, um período de manifestações contra “fraude eleitoral” nas eleições gerais de 9 de Outubro passado.
Em conferência de imprensa, Bernardino Rafael disse, ontem, que, nos últimos sete dias foram registados 46 casos de manifestações violentas. As mesmas afectaram propriedades privadas e estatais, como de comércio e esquadras de polícia.
Para o Comandante-Geral, na verdade, se trata de manifestações violentas com tendência subversiva e intenção evidente de alterar a ordem institucional do país, democraticamente instituída.
Segundo Rafael, “estas mesmas manifestações deixaram de ser aquelas manifestações violentas, passaram a ser manifestações subversivas com tendência clara de terrorismo urbano”.
Ele referiu que ao actos de vandalismo, pilhagens de bens alheios e público, e intenções de bloquear a portos, fronteiras respaldam em terrorismo urbano.
O comandante diz haver clara violação da Constituição da República, afronta contra o que norteia a convivência social e “alterada da ordem gravosa”.
“Aquela forma como estavam a desfilar aqueles manifestantes do dia 7 [de Novembro passado] são as mesmas que os terroristas fazem lá no norte. Mesma coisa” relacionou, questionando a necessidade de se proceder assim “no nosso país”.
Para a PRM, é urgente dizer “basta às manifestações com tendência clara de terrorismo urbano”.
O candidato presidencial, Venâncio Mondlane, convocou, na segunda-feira, greve-geral, de três dias a partir de hoje até sexta-feira. Disse que se deviam paralisar todas as actividades nos centros urbanos e fronteiras do país.
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