O Ministro do Interior, Pascoal Ronda, disse, na quarta-feira, na Assembleia da República, que as manifestações pós-eleitorais assistidas em todo o país resultaram em perda de vida e danos de bens públicos e privados.

O titular da pasta lamentou a perda de uma vida no distrito de Chiúre, província de Cabo Delgado, bem como o registo de feridos graves, entre civis e polícias

Segundo Ronda, 25 dos 130 casos de convulsões sociais foram violentos, com destaque para as província de Nampula, Zambézia e Maputo Cidade.

Ele destacou a particularidade de, nestas manifestações, populares terem sido utilizadas bombas de fabrico artesanais. As autoridades, de acordo com o Ministro, citado pela AIM, apreenderam 59 engenhos explosivos, sendo 55 na cidade de Maputo e quatro na cidade de Nampula.

“Tivemos o registo de quatro membros da PRM feridos, nas províncias da Zambézia (02) e cidade de Nampula (02), dos quais um com membro superior direito amputado”, lamentou.

Dada contundência que tem caracterizado as manifestações, Ronda avisou que a polícia vai continuar a manter-se vigilante e interventiva.

“e com a presença da PRM no terreno registamos os incidentes e danos acima arrolados, então, a PRM, deve actuar sempre observando o princípio de inalienabilidade da ordem, tranquilidade e segurança públicas (bem jurídico maior), nos termos do contrato social”, imperou o Ministro.