Desconhecidos incendiaram a residência oficial do procurador distrital de Manica, na madrugada desta quinta-feira (29). Este é o terceiro incidente do género contra o poder judiciário na província de Manica num espaço de um mês.
Recentemente, o gabinete do procurador-chefe da cidade de Chimoio foi arrombado numa altura em que não havia seguranças. Segundo uma publicação da DW, os assaltantes teriam roubado autos e levado um computador portátil, um telemóvel e uma pen-drive com informação classificada. O Gabinete Provincial de Combate à Corrupção também foi assaltado e teriam sido levados alguns processos.
Depois do incidente desta quinta-feira, o procurador-chefe distrital de Manica, Abílio Cabral Guilima, suspeita que poderá haver uma intenção de “intimidar” os magistrados devido a alguns processos em curso.
“Malfeitores, até agora não identificados, fizeram-se presentes a este local, entraram pela parte traseira da residência, na porta que dá acesso à cozinha e traziam consigo um recipiente contendo gasolina. Regaram a porta e incendiaram”, denunciou o procurador-chefe distrital, Abílio Cabral Guilima, que está em Manica há sete meses.
Segundo o magistrado, “pela complexidade da nossa profissão, não podemos descartar essa hipótese. Estão na nossa mesa vários casos e naturalmente que ninguém gostaria de passar por uma situação de arguido ou indiciado”.
Na mesma semana, desconhecidos terão também tentado roubar a viatura do director dos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE) da cidade de Chimoio.
Entretanto, a Polícia da República de Moçambique (PRM) na província de Manica adiantou, entretanto, que já está a investigar o incidente desta quinta-feira. O porta-voz da corporação, Mateus Mindú, prometeu que, assim que os infractores forem identificados, serão levados imediatamente à justiça.
“Estamos a falar de fogo posto e, porque é algo criminal, estamos a fazer trabalhos em conjunto com outras áreas do Ministério do Interior visando identificar os autores deste crime para que sejam responsabilizados pelos seus atos”, afirmou Mateus Mindú.
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