Malawi e China assinam acordo para o estabelecimento de uma rede ferroviária com ligação ao Porto de Nacala

Malawi e China assinam acordo de 2 mil milhões de euros, para o estabelecimento de uma rede ferroviária que tornará o país um servidor económico entre o Porto de Nacala em Moçambique, à outras nações africanas, informa a Rádio Moçambique.

Esta linha férrea, desempenhará um papel crucial na integração comercial regional, posicionando o Malawi como passagem de ligação à República Democrática do Congo e à Zâmbia.

Com uma previsão de duração de cinco anos, o projecto está dividido em três fases, sendo a primeira a renovação da rota ferroviária de Bangula em Nsanje à Nkaya em Balaka, a segunda será o troço Nkaya à Mchinji e a terceira e última fase estabelecerá uma ligação de Lilongwe à Mbeya, na Tanzânia.

O contrato, segundo a RM consiste em construir, operar e transferir, ou seja, o investidor irá construir a ferrovia com recursos próprios e operar durante 30 anos para recuperar os recursos e posteriormente transferir a propriedade para o governo malawiano.

O ministro dos Transportes e Obras Públicas do Malawi, Jacob Hara, explicou que, das cláusulas consta que, depois dos trinta anos, a China deverá cancelar toda a dívida contraída pelo país no âmbito deste projecto.

Com um co-financiamento da China e do Fundo Soberano de Riqueza dos Emirados Árabes Unidos, o projecto também abrange a construção de estações ferroviárias modernas, portos interiores, fornecimento de comboios modernos e o desenvolvimento dos sistemas de sinalização ferroviária, entre outros.

Para o director de serviços ferroviários do Malawi, Geoffrey Magwede, o projecto ajudará o país a economizar significativamente em custos de transporte de mercadorias de e para o mundo, através do Porto de Nacala, além de trazer oportunidades de emprego. (RM)

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