Governo do Maláui preocupado com a ingerência do embaixador dos Estados Unidos da América, David Young, em assuntos internos. Aponta os recentes pronunciamentos sobre a posição do executivo de Lilongwe, em retirar compulsivamente para o campo de Dzaleka, os refugiados e requerentes de asilo, como interferência em assuntos cuja decisão cabe ao governo.
David Young teria dito publicamente que condenava a decisão do governo malauiano de usar a força para retirar dos centros urbanos, os refugiados de Ruanda e Burundi para o acampamento de Dzeleka.
Questionou ao executivo de Lilongwe como se sentiria se os países vizinhos a exemplo da África do Sul, repatriasse os seus cidadãos que lá residem.
Disse igualmente que submeter crianças à reclusão, além de ser uma violação aos direitos humanos, não constituía ameaça à segurança das fronteiras, tendo apelado para que o governo reconsiderasse a sua posição.
Estes pronunciamentos, foram interpretados como ingerência, e o governo do Maláui através do secretário-chefe do ministério da segurança interna, Oliver Kumbambe, disse que esta operação é justificada pelo facto de existirem provas de que alguns refugiados estão envolvidos em actividades ilegais.
Kumbambe indicou crimes transfronteiriços, transnacionais, tráfico de seres humanos e de drogas.
Sublinhou que o Governo do Maláui sempre protegeu os refugiados e requerentes de asilo, mas àqueles que estiverem a viver no local indicado pelo executivo que é o campo de Dzaleka.
O secretário-chefe do Ministério da Segurança Interna, explicou que um número crescente de requerentes de asilo está a entrar no Maláui sem documentação apenas para se envolver em negócios ilícitos.
Oliver Kumbambe, assegurou que o Malawi não vai assistir impávido e sereno o recrudescimento do crime transfronteiriço na região, e promete continuar a agir para não ser preferência dos criminosos. (RM)
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