Malangatana e Bertina Lopes chamados à 60.ª Bienal de Veneza

Os moçambicanos Malangatana (1936-2011) e Bertina Lopes (1924-2012) foram “chamados” à 60.ª exposição internacional, Bienal de Veneza, com duradoria do brasileiro Adriano Pedrosa.

O evento intitulado Estrangeiros em Toda a Parte vai mesmo contemplar cerca de 322 artistas de diversos cantos do mundo que ainda nao haviam participado do evento, embora tivessem já exibido em salas nacionais ou num evento colateral. A peça central terá lugar de 20 de Abril a 24 de Novembro.

A ideia da curadoria, segundo o jornal Público é apresentar os condimentos “estranhos”, porém essenciais, às obras de todo o mundo.

O núcleo histórico, aquele em que se inscreverão as obras de Malangatana e Bertina Lopes, vai se compor de “obras do século XX provenientes da América Latina, de África, da Ásia e do mundo árabe”.  A selecção pretende discutir “os confins e a definição do modernismo”, à luz das teses que nos últimos anos vêm resgatando e revalorizando as experiências modernistas do “Sul do mundo”, e inverter os processos que conduziram à exportação e globalização do modernismo europeu.

Este núcleo vai se repartir entre uma secção de retratos (112 artistas), outra dedicada à abstracção (37 artistas), e uma terceira dedicada à diáspora artística italiana no mundo ao longo do século XX (40 artistas) — um movimento que conheceu na América do Sul, e em particular no Brasil, intensos desenvolvimentos.

Os trabalhos destes 40 artistas serão, de resto, dados a ver nos célebres cavaletes que a artista e arquitecta Lina Bo Bardi, ela própria uma imigrante, projectou para o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, de que Adriano Pedrosa é hoje o director.

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