Mais de 9 mil pessoas morrem anualmente por doenças associadas ao consumo do tabaco

Mais de 9 mil pessoas morrem anualmente por doenças associadas ao consumo do tabaco

Anualmente cerca de 9.300 pessoas morrem no país devido a doenças associadas ao consumo de tabaco, segundo dados do estudo divulgado, ontem, pelo Ministério da Saúde, em Maputo.

O estudo aponta que, 73% das vítimas são adultos com mais de 70 anos e 14 % das mortes por tabaco são de fumadores passivos.

As mortes associadas incluem por doenças relacionadas ao consumo de tabaco [Tuberculose, Infecções isquémica do coração, infecções respiratórias inferiores, doença de abstração pulmonar crónica, acidente vascular cerebral (AVC)].

Como resultado deste cenário, o país perde anualmente 11,7 mil milhões de Meticais, com custos desta substância, além da perda de 900 milhões de meticais investidos nas despesas de saúde, informou a directora nacional adjunta da saúde pública, Aleny Couto.

“Os resultados de 2019 mostram que se investiu 900 milhões de meticais em despesas associadas à saúde e 10,8 bilhões em perdas económicas indirectas devido às mortes prematuras, doenças e “pausas para fumar” no lugar do trabalho”, disse.

A responsável falava ontem durante o lançamento do relatório intitulado Caso de Investimento do Tabaco.

Sublinhou que “se investirmos agora nas medidas de controlo do tabaco será possível salvar 53.300 vidas e 45 biliões de meticais em custos de saúde e perdas económicas até ao ano de 2037”.

Já o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS), Severin Xylandea, disse citado pela AIM que o tabaco é uma das principais causas evitáveis de doenças e de mortes e, por isso, há necessidade de ampliar os esforços nacionais para o controlo do tabaco no país.

A OMS recomenda a aprovação urgente da Lei para o Controlo do Tabaco em Moçambique para a defesa da saúde pública em Moçambique.

Segundo Xylandea, as medidas incluem a adopção de uma legislação abrangente e eficaz assegura, o aumento de impostos sobre os produtos de tabaco, tornando-os menos acessíveis, especialmente para os jovens e para os adolescentes.

Outras medidas são a proibição total da publicidade, promoção e patrocínio do tabaco, a adopção de embalagens padronizadas e advertência sanitárias mais eficazes.

“Os benefícios de uma legislação rigorosa vão muito além da saúde. A experiencia mundial demonstra que medidas de controlo do tabaco resultam em melhorias na economia nacional, no aumento da produtividade e na redução da carga sobre o Sistema de Saúde.

Ao priorizar esta agenda, Moçambique não apenas salvará vidas, mas também reforçará sua trajectória de desenvolvimento sustentável”, destacou.

Imagem DR

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