Mais de 300 denúncias sobre crédito remetidas ao Banco Central no último semestre

O Banco de Moçambique recebeu 337 denúncias em cada 100 mil clientes de diversos bancos, microbancos e instituições de moeda electrónica, no último semestre de 2022.

Grande parte das queixas incide sobre questões de crédito, numa altura em que o crédito mal-parado está em níveis alarmantes nos últimos meses no sistema financeiro moçambicano.

Do total de denúncias, o Banco de Moçambique refere que 106 mencionam o Millennium Bim (BIM), e 52, o Banco Comercial e de Investimento (BCI). Além de questões de crédito, constam também, de um comunicado da instituição, denúncias sobre atendimento, operações cambiais e funcionamento de ATM’s.

Em comunicado, o Banco Central não detalha as questões levantadas pelos clientes, mas cinge-se apenas às questões denunciadas.

As restantes reclamações recaem 15 sobre o Absa Bank, 12 sobre o Moza Banco, 20 sobre o Standard Bank, 21 sobre Letshego, 10 sobre First National Banck (FNB), 15 sobre Acess Bank, três sobre o Ecobank e FCB, e dois sobre United Bank for Africa (UBA) e Nedbank.

Dos microbancos, o destaque vai para 39 queixas contra o Bayport, 17 contra Mybucks, cinco contra Rónica e uma contra o microcrédito Confiança. Já no que toca às instituições de moeda electrónica, o destaque vai para seis denúncias ao Banco de Moçambique contra o M-pesa, três contra o E-mola e uma contra a Carteira Móvel.

Embora o Banco de Moçambique não detalhe o teor das denúncias principalmente sobre crédito, o facto é que, até ao primeiro semestre de 2022, a instituição alertava que o crédito mal-parado estava acima do normal, tendo-se situado em 10,02%, acima do benchmark convencional de 5,0%. Por consequência desse facto, há cada vez mais execuções bancárias anunciadas no jornal de maior circulação do país, nos últimos meses. (Carta)

Partilhar este artigo

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.