Em Moçambique, ocorrem mais de 20 mil fraudes telefónicas a cada três meses, de acordo com o Director da Unidade de Comunicação de Tráfego de Telecomunicações, na Autoridade Reguladora das Comunicações.

Conforme explicou Adilson Gomes, essas fraudes se devem a registos não credíveis de subscritores de servicos de telecomunicações.

Citado hoje pela Rádio Moçambique, mais de metade dos registos de subscritores no país é irregular.

“Associado a isso, hoje, nós temos em média, por mês, não menos de três mil fraudes. Em um trimestre podemos ter mais de 20 mil situações de fraudes. Da análise feita, mais de cinquenta porcento são registos que não trazem fiabilidade que se pretende”, referiu.

O responsável notou que algumas instituições do Estado como a Procuadoria Geral da República e o Serviço Nacional de Investigação Criminal passam por constrangimentos quando, no decurso de um trabalho, investigam o registo de alguém e se deparam com dados de outra pessoa, ou seja, sem correspondência. “No número dessa pessoa está o Bilhete de Identidadae da avó, que às vezes nem tem telemóvel”.

Por outro lado, ele disse que em Moçambique estão a circular dispositivos programados para cometer fraudes.

“Nós temos cada vez mais dispositivos fraudulentos, piratas, clonados, roubados. Eu pego o telemóvel, clono o registo e passo a ter dois telemóveis com a mesma matrícula”, referiu.

Assim, vai iniciar o registo biométrico oborigatório e presencial em Janeiro do próximo ano, e o seu regulamento já está a ser divulgado no país.

“O registo vai abranger a todos os subscritores, todo o cidadão moçambicano que queira aderir a um serviço de telecomunicações por susbcrição”, refeiu Adilson Gomes.