Mais de 1,8 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar no país

O Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar calcula que haja mais de 1,8 milhões de pessoas a viverem em situação de insegurança alimentar aguda no país. Prevê-se que, no próximo ano, o número baixe, mas continue acima de um milhão, precisamente, 1,4 milhões.

Avanca a Lusa que os dados avançados constam do relatório “Avaliação de segurança alimentar e nutricional pós-colheita 2021”, realizada em Outubro pelo Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (Setsan), uma entidade daquele Ministério.

Do documento, avança a nossa fonte, consta que o maior número de pessoas nessa situação (932 mil) está em Cabo Delgado, devido (i) a insurgência armada na região; (ii) escassez de chuva; (iii) efeito de inundações e ciclones; (iv) impacto da covid-19. Estes factores, com excepção do primeiro, também afectaram sobremaneira outras regiões de Moçambique.

As províncias de Niassa, norte, e de Maputo, sul, concentram o menor número de pessoas em insegurança alimentar, cerca de 39.800 e 58.000 pessoas, respectivamente.

O documento indica ainda que as famílias do município da Matola (90%), subúrbio de Maputo, são as mais vulneráveis do país.

A avaliação adianta que 951 mil pessoas receberam ajuda alimentar do Programa Alimentar Mundial (PAM) em Setembro deste ano nas províncias de Cabo Delgado e Nampula.

Partilhar este artigo