A falta de infra-estruturas adequadas, sobretudo estradas, excesso de burocracia e problemas da boa governação da coisa pública constituem grande impedimento para um crescimento económico inclusivo e atracção de investimento para o País.
Esta é a conclusão de um estudo realizado ano passado pelo Harvard Growth Lab e pela Escola de Políticas Públicas da London School of Economics (LSE), com apoio do Ministério da Economia e Finanças (MEF), USAID, Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), visando fazer um diagnóstico e identificar os constrangimentos que mais impedem o crescimento.
O estudo aponta que com 80% da rede primária não pavimentada e com défice de manutenção, dificulta o acesso ao mercado, particularmente de produtos agrícolas e outras actividades das zonas rurais.
Adicionalmente, segundo a oficial de política da LSE, Sheyla Valdivia, que falava na última terça-feira (30), durante a apresentação do Relatório de Diagnóstico do Crescimento de Moçambique, as questões regulamentares associadas ao registo de empresas, caracterizado por burocracia, são apontados como elementos que deterioram o ambiente de negócios, dificultando a capacidade das Pequenas e Médias Empresas (PME) de crescer e ser mais produtivas.
A fonte apontou também para a “existência de uma fraca coordenação entre actores públicos, algo que dificulta a criação de um ambiente empresarial favorável” e para “a capacidade limitada do Governo moçambicano de fornecer bens públicos”, como constrangimentos para um crescimento económico inclusivo.
Para Sheyla Valdivia, a sobreposição de responsabilidades, implementação ineficaz de políticas e falta de um plano geral para acesso comercial e industrial a serviços minam a confiança do sector privado na capacidade do Governo de facilitar o crescimento económico.
“Para um crescimento mais inclusivo no país algumas das nossas recomendações políticas enfatizam a digitalização da economia e ao mesmo tempo, estabelecimento de estruturas claras de coordenação entre as diferentes agências do governo”, recomendou.
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