Rishi Sunak, foi, esta terça-feira, indigitado primeiro-ministro britânico pelo Rei Carlos III. No primeiro discurso à nação, prometeu “unir o país não com palavras, mas com acções”.
O novo primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, afirmou, esta terça-feira, que “aceitou o pedido” do rei Carlos III para “formar um novo governo”. No seu primeiro discurso ao país, o governante reconheceu que “alguns erros” foram cometidos pela sua antecessora, Liz Truss.
“Foram cometidos alguns erros. Não por más intenções. Eu fui eleito líder do partido e vosso primeiro-ministro, em parte, para os corrigir e esse trabalho começa imediatamente”, frisou.
Sunak afirmou que o Reino Unido enfrenta uma “crise económica profunda”, devido à pandemia de Covid-19 e ao impacto da guerra na Ucrânia nos mercados financeiros.
O novo líder britânico lembrou ainda o seu cargo de ministro das Finanças, durante o mandato de Boris Johnson. “Viram-me durante a Covid-19 a fazer tudo o que podia para proteger pessoas e empresas”, destacou. “Há sempre limites, agora mais do que nunca. Mas prometo-vos isto: trarei essa mesma compaixão aos desafios que enfrentamos hoje”.
E deixou uma promessa ao Reino Unido: “O governo que lidero não deixará a próxima geração, os vossos filhos e netos, com uma dívida a saldar porque éramos demasiado fracos para nos pagarmos a nós próprios. Vou unir o nosso país não com palavras, mas com acções”.
Sunak afirmou que estará “para sempre grato a Boris Johnson pelas suas incríveis realizações como primeiro-ministro”, mas alertou que a maioria conquistada pelo antigo primeiro-ministro em 2019 “não é propriedade exclusiva de nenhum indivíduo”.
“É um mandato que nos pertence e nos une a todos. Esse mandato é nosso manifesto”, disse acrescentando que irá cumprir o que foi prometido por Boris Johnson, especialmente a construção de uma economia que “abrace as oportunidades do Brexit”.
O novo líder do Partido Conservador, Rishi Sunak, foi indigitado esta manhã primeiro-ministro do Reino Unido pelo rei Carlos III.
O rei Carlos III aceitou o pedido de demissão de Liz Truss. Segundo um comunicado, publicado pelo Palácio de Buckingham, “a ilustre Elizabeth Truss teve uma audiência com o rei esta manhã e apresentou a sua demissão como primeiro-ministro, o que a sua majestade teve o prazer de aceitar graciosamente”.
A ex-primeira-ministra despediu-se esta manhã à nação, num discurso que ficou marcado pela necessidade de ser “ousado” para “enfrentar desafios”. “Como escreveu o filósofo romano Senéca, não é porque as coisas são difíceis que não ousamos, é porque não ousamos que são difíceis. Deste meu tempo como primeira-ministra, fiquei mais convencida do que nunca de que precisamos de ser ousados e enfrentar os desafios”, afirmou.
Liz Truss anunciou, na quinta-feira, que apresentou a sua demissão ao Rei Carlos III. “Reconheço que, dada a situação, não posso cumprir o mandato para o qual fui eleita pelo Partido Conservador. Por conseguinte, falei com Sua Majestade o Rei para o notificar de que me demito como líder do Partido Conservador”, disse numa declaração à porta da residência oficial de Downing Street, em Londres.
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