Ainda é desconhecido o tempo em que a lixeira de Hulene, na cidade de Maputo, vai encerrar. Para já, a única certeza é que o aterro sanitário a céu aberto vai continuar a funcionar por um tempo indeterminado.
Isto deve-se ao facto de, até aos dias que correm, a edilidade de Maputo não ter encontrado uma solução definitiva.
O local que tinha sido identificado para acolher a nova lixeira de Maputo não estará disponível “a breve trecho”, disse o Vereador do Ordenamento Territorial, Ambiente e Urbanização do Conselho Municipal de Maputo, citado pelo “Noticias ao Minuto”.
O plano municipal era de se contruir um outro aterro sanitário em Matlemele, no Município da Matola, mas a sua concretização ainda é uma miragem. As razoes que dificultam esse objectivo não fora explicada pelo Vereador.
Silva Magaia assegurou que enquanto isso não acontece o município vai empenhar-se em manter constantemente viabilidade de uso da lixeira.
As autoridades apostam agora na construção de um aterro no distrito da Katembe, na margem sul da baía da capital, numa área de 25 hectares. O projeto da Katembe conta com o financiamento do Banco Mundial.
“Introduzimos uma metodologia de deposição de resíduos sólidos [na lixeira de Hulene] que nos permite ter uma almofada até que tenhamos o aterro da Katembe pronto para uso em 2024”, avançou.
Em 2018, 16 pessoas morreram quando um desabamento de lixo em Hulene atingiu várias casas construídas em redor, levando as autoridades moçambicanas a assumir o compromisso de encontrar outro destino para os resíduos.
Na altura, várias famílias foram retiradas das proximidades de Hulene para casas de arrendamento pagas pelo Governo.
Além de acolher lixo, o lugar é também fonte de rendimento para mais de 500 catadores que apanham resíduos recicláveis.
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