O presidente da Renamo Ossufo Momade, afirmou que o maior partido da oposição não desiste da “reposição da verdade eleitoral” e aconselhou as instituições internacionais a avaliarem o nível democrático antes de atribuírem apoios.
A posição foi transmitida hoje, no balanço de reuniões realizadas esta semana com o embaixador da União Europeia acreditado em Moçambique, Antonino Maggiore, e com a equipa do Fundo Monetário Internacional (FMI), liderada por Pablo Lopes Murphy.
“No encontro, passámos em revista aquilo que foi o processo eleitoral desde o recenseamento até à votação e à presente crise pós-eleitoral derivada dos grandes ilícitos eleitorais verificados desde o início do processo.
Manifestámos, na ocasião, a nossa indignação pelo facto de a Comissão Nacional de Eleições ter divulgado no passado dia 26 de Outubro os resultados fraudulentos, ou simplesmente, inverteu os resultados na maioria das autarquias ganhas pela Renamo, atribuindo a vitoria à Frelimo”, disse citado pela Lusa, Momade.
O principal partido da oposição tem promovido marchas de contestação aos resultados das eleições de 11 de Outubro, juntando milhares de pessoas que denunciam uma alegada “megafraude” no escrutínio.
A invasão da Polícia às delegações da Renamo na cidade de Maputo e Nampula foi outra inquietação que apresentámos ao embaixador, como o rasgar de todos princípios democráticos. O cenário de detenções de jovens militantes do nosso partido mereceu, igualmente, o nosso repúdio”, apontou o líder do maior partido da oposição.
Sobre o encontro com a equipa do FMI, Ossufo Momade referiu que pediu à organização internacional “para que acompanhe rigorosamente o uso dos valores emprestados aos países, mas sobretudo em Moçambique, para evitar que o mesmo dinheiro seja desviado e usado para a compra de material bélico para combater a oposição e para a fraude eleitoral tal como aconteceu recentemente no país”.
“É chegado o momento de as Instituições da Bretton Woods pensarem seriamente sobre graves violações de direitos humanos em alguns países sobretudo africanos na continuidade em alguns apoios.
Antes de ajuda, uma avaliação de situações inaceitáveis em democracia deve estar presente”, conluio o líder da Renamo.
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