Líder da Exxon Mobil vai reunir-se com governo moçambicano esta semana

O presidente da divisão da petrolífera Exxon Mobil de perfuração e extracção vai encontrar-se com o governo moçambicano entre quinta-feira e sexta-feira, em Maputo, depois de a empresa norte-americana ter assegurado a continuidade da sua presença no país africano.

Fonte do executivo moçambicano avançou que Liam Mallon vai reunir-se com dirigentes do sector dos recursos minerais e energia, havendo ainda a possibilidade de ser recebido pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.

Liam Mallon lidera a Exxon Mobil Upstream Oil & Gas Company e já liderou outras áreas da petrolífera, como a divisão de África ou a de desenvolvimento de projectos.

O presidente executivo da Exxon Mobil, Darren Woods, disse anteriormente que a companhia continua empenhada no projecto de exploração de gás natural em Moçambique, apesar da derrapagem nos prazos da decisão final de investimento.

“Eu não colocaria grande fé nos rumores de mercado que se ouvem”, afirmou Woods, durante uma conferência com analistas, citada pela agência de informação financeira Bloomberg, no seguimento de uma notícia do Wall Street Journal que apontava para uma reavaliação do projecto por parte da administração da petrolífera devido a preocupações ambientais e de retorno financeiro.

“Há muitas pessoas a falar e a maioria delas não tem um bom entendimento das discussões que estamos a ter”, acrescentou, admitindo, ainda assim, que houve uma “derrapagem” nos prazos estabelecidos, nomeadamente relativamente à decisão final de investimento (DFI) do projecto de liquefação em terra, em Afungi – sendo a DFI o momento a partir do qual a aposta é praticamente irreversível.

A Exxon Mobil faz parte do consórcio da Área 4 da bacia do Rovuma, cuja plataforma flutuante vai começar a produzir gás natural liquefeito a partir de 2022, com uma previsão de três milhões de toneladas por ano (mtpa) correspondente a 10% do total de produção prevista se somados os outros dois projectos de liquefação em terra (12,88 mtpa da Área 1 da Totalenergies e 15,2 mtpa da Área 4 que junta Exxon e ENI).

Agência Lusa

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