O sindicato dos trabalhadores da empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) exige a punição de todos que tenham se envolvido no alegado desvio de fundos na companhia aérea, lamentando ainda não ter sido informado sobre o problema.
Após a Fly Modern Ark, entidade responsável pela reestruturação da LAM, ter denunciado, na segunda-feira, uma série de desmandos, incluindo desvio de combustível que causou prejuízos para a companhia aérea moçambicana de cerca de 3,2 milhões de dólares, o sindicato dos trabalhadores lamenta em carta por ter ouvido o assunto apenas pela imprensa.
“O sindicato é o órgão que por direito deve ser informado em primeira instância de todas as matérias ligadas ao trabalhador, e neste assunto não teve esta informação, nem da parte da Fly Modern Ark – FMA, nem da direcção geral”, lê-se na carta, citada pelo jornal “O País”.
Ainda assim, o órgão que tem por missão defender os interesses dos trabalhadores da LAM entende que havendo prevaricadores na empresa, estes devem ser punidos exemplarmente.
“O sindicato não é a favor e nem apadrinha os trabalhadores, gestores de base ao topo que dilapidam e se apropriam de forma indevida do património da LAM e encoraja a responsabilização exemplar de qualquer que seja o prevaricador pelos competentes órgãos internos e externos”, disse o sindicato.
E prossegue: “o sindicato demarca-se dessas acusações, pois é do seu entendimento de que havendo provas materiais de um ou grupo de trabalhadores presumíveis sabotadores, estes devem ser identificados, investigados e responsabilizados de acordo com a Lei do Trabalho e regulamento interno da empresa”.
No documento, a direcção da LAM diz que distancia-se dos pronunciamentos feitos pela nova gestora, FMA.
Além do ministro, a carta citada pela AIM, foi enviada igualmente para a Presidente do Conselho de Administração do Instituto de Gestão e Participação de Empresas (IGEPE), Ana Coanai, incluindo o presidente do Conselho Fiscal.
Deixe uma resposta