LAM prevê atingir equilíbrio financeiro em 2023

LAM prevê atingir equilíbrio financeiro em 2023

A empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) projecta atingir o ponto de equilíbrio financeiro no próximo ano, dependendo da rapidez com que a economia nacional for a imprimir na sua recuperação, após ter sido severamente afectada pela pandemia do coronavírus.

A informação é avançada pelo director geral da LAM, João Carlos Jorge, que falava durante uma visita efectuada está terça-feira, pela Comissão do Plano e Orçamento da Assembleia da República (AR). Segundo a explicação do director da LAM, a meta, quando começou a restruturação, em 2018, era atingir, em três anos, o ponto de equilíbrio financeiro.

Entretanto, com a Covid-19 não foi possível alcançar essa projecção: “Pensamos que, em 2023, dependendo da velocidade que a economia terá na sua recuperação, gostaríamos de atingir esse equilíbrio, através da implementação de muita disciplina, rigor e regras na gestão da empresa”, disse, citado num comunicado que tivemos acesso.

De referir que desde 2018 que decorre um processo de restruturação da LAM, visando tornar a empresa sustentável do ponto de vista operacional, o que significa dotá-la de capacidade financeira para cobrir os custos, através da receita produzida.

Para tal, a LAM pretende melhorar em vários aspectos como a eficiência operacional, ganhando maior fasquia do mercado, abrir o network a mais mercados rentáveis, tornando a transportadora apetecível para os investidores ou para fazer com que o próprio Estado se sinta confortável, em relação ao futuro da empresa.

“Obviamente que servir a dívida, enquanto a empresa for como é agora, é um desafio muito grande. Mas quando a empresa crescer vai poder servir essa dívida”, frisou o director geral, ajuntando que a LAM tem que gerar maior volume de negócio.

Para já, a LAM tem redimensionado o seu quadro de pessoal, assim como está a uniformizar a frota, tornando a operação de voos mais eficientes.

Num outro desenvolvimento, João Carlos Jorge indicou que, em termos financeiros, 2019 foi um ano melhor, pois inverteu a tendência decrescente do desempenho da companhia: “O ano seguinte (2020) foi mau. A receita caiu 80% em média. Em 2021, começámos a sentir que estávamos a atingir o ponto de equilíbrio nos custos operacionais, sem incluir o serviço da dívida”.

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