LAM continua sendo uma empresa falida

LAM continua sendo uma empresa falida

Mesmo depois do proclamado anúncio da recuperação dos 47, 3 milhões de dólares, feito na semana passada pelos novos gestores da LAM (Fly Modern Ark), o Centro da Integridade Pública (CIP), diz que LAM continua a ser uma empresa tecnicamente falida.

Os argumentos apresentados pelo CIP são de que 47,3 milhões de dólares “recuperados” pelos novos gestores, por um lado não são suficientes para tornar o capital próprio positivo e tornar a empresa solvente e, por outro lado, correspondem a apenas 38%4.

“Estes dados mostram que mesmo com a recuperação anunciada pela FMA, a LAM continua com uma divida elevada, tendo ainda capitais próprios negativos e a situação de insolvência permanece” lê-se no documento da ONG consultado pelo MZNews.

O ministro dos Transportes e Comunicações Mateus Magala, esclareceu na altura que a recuperação dos 47,3 milhões de dólares foi devido a reavaliação dos encargos e a empresa Fly Modern Ark informou que dos 47,3 milhões de dólares, 22 milhões foram injetados pelo accionista (Estado e parceiros), e 7,3 milhões de dólares referem se aos valores cobrados aos clientes.

Contudo, o CIP diz que estas informações não são suficientes para que a empresa tenha saído da situação de insolvência sendo que algumas apenas criam alterações no balanço e os rácios continuam ainda preocupantes.

Ademais, o CIP lembra que até finais de 2021, estimava-se que o valor de capitais próprias da empresa era negativo, resultando num rácio de solvabilidade, dívida/capitais próprios, também negativo, e, por conseguinte, a classificação da LAM em empresa “tecnicamente falida”.

Neste caso, segundo a ONG, “a recuperação de contas a receber por si só não é argumento suficiente para afirmar que a empresa deixou de ser insolvente. É necessário, antes de mais, que os capitais próprios sejam positivos”.

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