O juiz Piet Koen, que presidia ao caso de corrupção pública no negócio de armamento contra o ex-Presidente sul-africano Jacob Zuma, decidiu ontem retirar-se do julgamento do caso com cerca de vinte anos.
O juiz sul-africano indicou que pode haver “parcialidade” na forma como o caso foi tratado, acrescentando ser do “interesse da justiça” que se retire do julgamento do caso de corrupção pública contra o antigo Chefe de Estado sul-africano.
“Cheguei à conclusão, e não foi uma decisão fácil, que devo retirar-me do julgamento”, declarou o juiz Piet Koen.
“É o que ditam a boa administração da justiça, os requisitos da Constituição e a minha consciência”, adiantou.
Segundo o juiz, “a integridade do processo judicial deve ser salvaguardada contra qualquer tentativa de suspeição, por forma a que o público e os litigantes possam ter a maior confiança na integridade e na justiça” dos tribunais, pelo que “o julgamento deve, por isso, ser conduzido por outro juiz”.
A decisão do juiz sul-africano foi anunciada esta manhã no Tribunal Superior de KwaZulu-Natal, em Pietermaritzburg, sudeste do país.
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