Japão apoia reabilitação de escola de pesca e construção de enfermaria em Moçambique

Japão apoia reabilitação de escola de pesca e construção de enfermaria em Moçambique

O Governo do Japão rubricou, esta sexta-feira (10), em Maputo, dois acordos, um para a reabilitação da Escola de Pesca e outro para a construção de enfermaria de lepra no Hospital Distrital de Alto Molócuè, província de Zambézia. 

As obras de reabilitação da Escola de Pesca, localizada na cidade da Matola, província meridional de Maputo estão orçadas em 47500 dólares (3 milhões de meticais) e incluem a oficina de pesca, melhoria de uma sala de formação, melhoria das instalações de água e energia, casas de banho e armazéns, num total de 333,2 metros quadrados.

O embaixador do Japão acreditado em Moçambique, Hamada Keiji, afirmou “que os dois projectos vão muito além da simples construção de instalações, mas, fortalecem a educação e a saúde e representam uma excelente oportunidade para aprofundar ainda mais a cooperação entre os dois países”.

Para a directora da Escola de Pesca, Estela Maússe, “a doação representa um marco histórico na trajectória da instituição”, uma vez que, com mais de 45 anos de existência, “nunca foi alvo de uma intervenção de tamanha magnitude como a que se prevê realizar”.

Numa publicação da AIM, a governante enalteceu o Governo do Japão que, entre os anos 2002 e 2007, através da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) e a Organização de Cooperação para a Pesca no Exterior do Japão (OFCF), gerou intervenções de impacto na Escola de Pesca, que culminaram com a doação de duas embarcações para aulas práticas no mar em uso  até o presente.

“Hoje, com este novo gesto de solidariedade e cooperação, o Governo do Japão reafirma o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e com a valorização da formação técnico-profissional do sector das pescas. Esta parceria é um testemunho vivo da amizade entre os nossos povos e o exemplo de como a cooperação internacional pode contribuir de forma concreta para o fortalecimento das nossas instituições”, disse.

Quanto ao projecto de construção da enfermaria de lepra no Hospital Distrital de Alto Molócuè, na província da Zambézia, avaliado em 50 000 dólares, o mesmo resultará num bloco com 184,5 metros quadrados, composto por salas de consulta, sala administrativa, sala de espera e casa de banho.

O director nacional da Missão contra a Lepra em Moçambique, instituição que implementará a reabilitação, Pedro Safrão, diz que a construção da nova enfermaria representa esperança, acesso e dignidade, pois será um espaço de tratamento e reabilitação e um símbolo de solidariedade entre os povos e um compromisso com os mais vulneráveis.

Acrescenta que milhares de pessoas em zonas rurais e endémicas terão acesso a serviços de qualidade, cuidados humanizados e oportunidade de reconstruir as suas vidas.

Aliás, no ano passado, mais de 2800 pessoas foram diagnosticadas com lepra, sendo mais de 10% crianças menores de 15 anos, números que “vêm confirmar os relatórios internacionais que indicam que Moçambique é o segundo país mais endémico do continente africano e que a doença está longe de ser apenas um problema do passado”.

 

(Foto DR)

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