A Rússia assumiu, este sábado, a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mais de um ano depois de invadir a Ucrânia e iniciar uma guerra que já matou dezenas de milhares de pessoas e devastou cidades.
A última vez que a Rússia ocupou o cargo foi em Fevereiro de 2022, quando as tropas russas lançaram uma invasão em grande escala na Ucrânia, avança a agência Reuters. A presidência do Conselho de Segurança da ONU é rotativa, ou seja, cada um dos 15 membros da organização assume o cargo durante um mês.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já reagiu à liderança da Rússia da presidência do Conselho de Segurança e lançou duras críticas.
“Infelizmente chegam-nos notícias absurdas e arrasadoras. Hoje [sábado], um estado terrorista tomou o seu lugar no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Ontem [sexta-feira], o exército russo matou uma criança ucraniana, um bebé de cinco meses, chamado Danylo. Era de Avdiivka, no Donbass, onde vivia com os pais. Foi um ataque de artilharia, mais um entre centenas de outros ataques que este estado terrorista leva a cabo todos os dias. Ao mesmo tempo, a Rússia tem um lugar no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Isto prova a falência destas instituições”, lamentou Zelensky.
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, não deixou de se pronunciar sobre o assunto, destacando que este é um “lembrete de que algo está errado com a maneira como a arquitectura de segurança internacional está a funcionar”, escreveu na rede social Twitter, citada pelo Correio da Manhã (CM).
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