Os investimentos do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) em Moçambique já ascendem a mil milhões de dólares norte-americanos, recursos alocados em 36 intervenções em quase todo o país.

A informação foi avançada esta terça-feira, em Maputo, pelo representante do BAD em Moçambique, César Augusto Mba Abogo, no lançamento da plataforma RASME, uma iniciativa que visa a optimização de tecnologias de informação na recolha de dados sobre os projectos de desenvolvimento apoiados pela instituição financeira africana no país.

Para efeito, a fonte defendeu a melhoria de dados sobre o impacto dos projectos financiados pela instituição visando a promoção de desenvolvimento social e económico efectivo em Moçambique.

“As políticas públicas devem ser muito boas e para tal precisam de dados”, declarou Abogo.

A eficácia e estímulo ao crescimento macroeconómico dependem da rapidez com que será congregada informação sobre o impacto dos projectos em implementação nas várias áreas sociais e económicas.

“Precisamos de dados em tempo real de todas as áreas em que intervimos: agricultura, infra-estruturas e energia”, acrescentou o representante do BAD em Moçambique.

César Augusto Mba Abogo declarou que, com o RASME será possível fazer a monitoria rápida de projectos financiados pelo BAD.

“A qualidade de dados disponíveis agora é boa, a única diferença é que para colectar dados, precisamos de tempo”, enfatizou.

Por seu turno, Bahati Joel Sanga, gestor e coordenador regional de Tecnologias de Informação do BAD, afirmou que o RASME prevê a optimização de meios como drones e telemóveis na recolha de dados sobre projectos financiados pela instituição.

“O objectivo do RASME é acelerar a implementação da monitoria dos projectos em África e só o podemos fazer se tivermos dados em tempo real”, enfatizou.

Moçambique é o primeiro país no continente a beneficiar da referida iniciativa e deverá servir como modelo para a expansão do programa para outros Estados africanos.