As inundações de ontem na província de Maputo provocaram quatro mortes, três em Boane e uma num bairro periférico da capital do país, disseram as autoridades governamentais.
“Temos registo de três óbitos” notificados por líderes comunitários, anunciou Jacinto Loureiro, presidente do município de Boane, 30 quilómetros a sudoeste de Maputo.
Uma das mortes foi provocada por eletrocussão, enquanto outras duas são de crianças, uma atingida pela parede de uma habitação que ruiu e outra vítima de afogamento, detalhou o governante citado pela agência Lusa.
Uma outra criança perdeu a vida afogada no bairro T3 na periferia de Maputo, referiu Paulo Tomás, porta-voz do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), à Televisão de Moçambique (TVM).
Ainda em Boane, os estragos são enormes. Parte do município está submerso devido à subida de caudal dos rios, um automóvel foi arrastado pela água ao tentar atravessar uma ponte e as autoridades estão a tentar apurar o paradeiro do condutor.
Segundo os dados mais recentes do INGD, há cerca de 2.700 famílias afetadas, com casas inundadas ou sitiadas pela água na província de Maputo, além de danos em diversas infraestruturas como estradas, escolas e unidades sanitárias, reporta a agência de informação Lusa.
A ocorrência de inundações é recorrente nesta altura do ano em Moçambique, que está em plena época das chuvas, mas, ainda assim, a pluviosidade tem estado acima do esperado.
A chuva de hoje e de quarta-feira superou os 170 milímetros, ou seja, mais que a média estimada para todo o mês de Fevereiro na região da capital, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia.
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