Cerca de dois milhões de pessoas, residentes em 17 distritos nacionais vivem em situação de insegurança alimentar aguda, como resultado de vários factores combinados, de entre os quais, a seca provocada pelo fenómeno El-Niño, que no ano passado afectou a produção agrícola em diversos pontos do País.

Os dados foram revelados na última quinta-feira pelo director dos Serviços de Informação de Segurança Alimentar e Nutricional ao nível do SETSAN (Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional), António Pacheco Dias Lima, em entrevista ao programa “Café da Manhã”, da Rádio Moçambique.

De acordo com a fonte, que citava os resultados do inquérito pós-colheita da última época agrícola, o País conta com “1,96 milhão de pessoas, correspondentes a 17% da população nacional”.

O número representa um aumento de quatro por cento, comparativamente às projecções que tinham sido feitas para o período de Agosto a Setembro do ano passado, que apontava para cerca de 1,4 milhão de pessoas, que correspondiam a cerca de 13% da população.

Adicionalmente, dados actualizados indicam que do terceiro trimestre do ano passado a esta parte, houve aumento de cerca de meio milhão de pessoas na escala da situação de grave carência de alimentos que ameaça a vida.

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