O Instituto Nacional de Saúde (INS) considerou “prematuro” o reforço das medidas de prevenção da covid-19 no país perante o aumento de casos na vizinha África do Sul.
“Neste momento, as perspectivas [de controlo de covid-19] são muito favoráveis tanto em Moçambique, assim como na região” da África Austral, afirmou Sérgio Chicumbe, director de Inquéritos e Observação de Saúde no INS, em declarações à Agência de Informação de Moçambique (AIM).
Chicumbe avançou que as taxas de positividade, internamentos e de incidência cumulativa de casos estão num nível tão baixo no país que não se justificam, por enquanto, novas restrições para a prevenção da pandemia.
“Quando há um grande número de internados em risco de mortalidade justifica-se a adopção de medidas mais restritivas” visando “proteger o Serviço Nacional de Saúde”.
Sérgio Chicumbe avançou que a nova vaga do novo coronavírus na África do Sul justifica uma situação de alerta em Moçambique e noutros países vizinhos.
“A vigilância fronteiriça está estabelecida e fortalecida e isto é um garante do acompanhamento da situação”, assegurou Chicumbe.
Por outro lado, prosseguiu, Moçambique tem uma boa cobertura vacinal contra a covid-19, situação que pode contribuir para proteger o país de um quadro mais grave, em caso de novas ondas de infecção.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) referiu na quinta-feira que os casos de covid-19 registados semanalmente quadruplicaram na África do Sul, nas últimas três semanas, tornando este país o principal responsável pelo aumento de casos de covid-19 na África Austral, pela terceira semana consecutiva, à medida que a região se aproxima do inverno.
“Este aumento de casos é um sinal de alerta que estamos a acompanhar de perto”, disse o director de preparação e resposta a emergências da OMS para a África Austral, Abdou Salam Gueye.