As obras de construção do complexo fabril para o processamento de grafite no povoado de Muichi, sede distrital de Nipepe, no Niassa, norte de Moçambique, já estão em curso.
Segundo “Notícias”, parte dos materiais de construção, particularmente estruturas de ferro, bem como os equipamentos da fábrica de processamento de grafite já se encontram em Muichi, que dista cerca de 6 quilómetros da vila-sede distrital de Nipepe, onde estudos de prospecção e pesquisa desenvolvidos pela empresa chinesa DH Mining Development Limited concluíram a existência de reservas do minério estimadas em 50 milhões de toneladas.
Song Shao Weide, representante residente da direcção da empresa, de capitais chineses, DH Mining Development Limited, disse que a fábrica, em processo de construção, terá capacidade instalada de processamento de cerca de 400 toneladas por dia, o que corresponde a 10 mil toneladas daquele minério com múltiplas e importantes aplicações na indústria automóvel, material eléctrico e tintas de elevada qualidade para a prevenção de efeitos corrosivos.
Para o escoamento da grafite, a partir da fábrica para o Porto de Nacala, na vizinha província de Nampula, através da estrada nacional número 13, será construída uma ponte sobre o rio Lúrio, que limita as duas províncias.
O lançamento da primeira pedra, que vai marcar o início das obras, vai acontecer no próximo dia 15 do mês em curso, cerimónia que será dirigida pelo secretário de Estado no Niassa, Dinis Vilanculos.
Cerca de 400 trabalhadores serão necessários para fazer parte dos trabalhos de construção da ponte e do complexo fabril em Muichi e, segundo a fonte, a maioria será recrutada ao nível local como parte do compromisso assumido com a comunidade local no contexto da promoção de oportunidades de acesso ao emprego formal.
Entretanto, António Guido, director do Gabinete do Secretário de Estado, no Niassa, que escalou recentemente o distrito de Nipepe, pediu à gestão da HD Mining Development Limited no sentido de a empresa chinesa prever a concepção de bolsas de estudo para a formação de jovens a partir do nível secundário geral até o superior dentro e fora do país.
António Guido justificou que ao agir desta forma a empresa estará a garantir a empregabilidade da mão-de-obra local, um passo fundamental no âmbito da promoção de boas relações e desenvolvimento das comunidades na área das actividades do empreendimento mineiro.