O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco De Desastres (INGD) considera haver progressos assinaláveis na gestão da seca, mercê dos investimentos efectuados pelo Governo, nos últimos anos, em várias áreas, para a mitigação dos eventos extremos.

De acordo com a presidente do INGD, Luísa Meque, citada pela AIM, que falava esta quarta-feira, no distrito de Mabote, província de Inhambane, na abertura da 1.ª Conferência Nacional Sobre as Zonas Áridas e Semi-áridas de Moçambique, o destaque vai para criação do grupo técnico de trabalho para o estabelecimento do sistema de aviso prévio, acções antecipadas para prevenção da seca, bem como a criação de um manual de procedimento operacionais, entre outros instrumentos de prevenção.

Neste sentido, a dirigente disse ainda, estar na fase terminal a elaboração da Política e Estratégia para do Desenvolvimento Integrado das Zonas Áridas e Semi-áridas, um dos instrumentos importantes para reduzir o nível de vulnerabilidade das comunidades em todo país.

“Os ganhos alcançados resultam, não só, do trabalho que o governo tem estado a realizar, mas, também, da colaboração dos diferentes intervenientes e parceiros de cooperação, tais como a academia, a media, o sector privado, organizações da sociedade civil, assim como a título individual”, disse a governante.

A este respeito, o governador da província de Inhambane, Daniel Chapo, sublinhou, na ocasião, a necessidade de aprimorar a discussão sobre o fenómeno das mudanças climáticas.

“A discussão sobre o mecanismo das zonas áridas e semi-áridas neste momento é crucial visto que, nos últimos dias, assistimos desastres extremos por conta das mudanças climáticas, com destaque para secas cíclicas, ciclones e o aquecimento global, só para citar alguns exemplos, o que tem preocupado a todos nós”, afirmou Chapo.

Para reverter este cenário, estão em curso, em todos os 14 distritos da província, várias estratégias para contrariar os efeitos dos eventos extremos, com particular destaque para a seca.