Moçambique registou, em 2023, uma diminuição de 31,2% das importações de bens, tendo totalizado 9,1 mil milhões de dólares, o equivalente a 44,4% do PIB, a reflectir, fundamentalmente, a redução em 76% dos gastos com a factura de bens dos Grandes Projectos (GP).

Os dados constam no boletim anual da balança de pagamentos, divulgado recentemente pelo Banco de Moçambique (BdM), a que o MZNews teve acesso, realçando que a importação de bens registada no período homólogo de 2022 foi influenciada, essencialmente, pelo registo da chegada, no primeiro trimestre, da plataforma flutuante da Coral Sul FLNG na área 4 da bacia do Rovuma.

“As importações de bens, excluindo o valor da plataforma flutuante da Coral Sul FLNG registaram um acréscimo de 51,2 milhões de dólares face ao ano 2022, influenciado, fundamentalmente, pelo aumento na importação de bens de capital, com destaque para a importação de maquinaria”, detalha do boletim do BdM.

Segundo o documento, em termos de categorias de bens, incluindo os GP, os Bens de Capital destacaram-se com 19,1% sobre o total de importações, apresentando um fluxo anual de 1,7 mil milhões, o equivalente a 8,5% do PIB.

Adicionalmente, os Bens Intermédios tiveram uma contribuição de 33,4% sobre o total de importações, pois esta categoria custou ao País quase 3,1 mil milhões de dólares, o equivalente a 14,9% do PIB. Por fim, os Bens de Consumo custaram ao País 2,2 mil milhões de dólares, correspondente a 11% do PIB.

No geral, a África do Sul, liderou como o principal país de origem das importações moçambicanas, representando 23,2 % do total das importações, com um valor total de 2,1 mil milhões de dólares, seguido pela China, com 15,4% e Emirados Árabes Unidos, com 10,3%.