A igreja católica em Moçambique, está preocupada com o abandono dos funcionários públicos dos seus postos de trabalho para se dedicarem à campanha eleitoral da Frelimo. O arcebispo da igreja católica na Beira, Dom Claudio Dalla Zuana, alerta para o facto de muitas escolas não estarem a funcionar, sublinhando que a campanha eleitoral não deve paralisar o país.
“Os funcionários públicos não deveriam sentir o tempo da campanha como uma dispensa do serviço. Há demasiadas escolas que não têm aulas, talvez os professores se sintam dispensados ou tenham outras ocupações. A campanha eleitoral não é para parar o país por algum tempo, mas para mostrar como servimos o país e as pessoas”, explicou Dom Claudio Dalla Zuana, numa publicação da RFI.
O arcebispo da igreja católica na Beira chama ainda a atenção para as promessas eleitorais que estão a ser feitas nestes últimos tempos, lembrando que os políticos devem manter discursos realistas.
“É claro que queremos crescer e recuperar muitas infra-estruturas. Queremos fazer muita coisa, mas é importante que o realismo prevaleça na campanha eleitoral. De outra maneira pode passar para a mentira”, defendeu.
Moçambique realiza em as eleições gerais a 09 de Outubro, um escrutínio que inclui eleições presidenciais, legislativas, das assembleias provinciais e de governadores de província.
Um total de 37 forças políticas concorrem nas legislativas e provinciais, na corrida à liderança do país está o Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, no poder, Ossufo Momade, candidato da Renamo, Lutero Simango, apoiado pelo MDM e Venâncio Mondlane, apoiado agora pelos extra-parlamentares Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) e Revolução Democrática (RD).
(Foto DR)
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