Duzentos e quinze jovens deslocados e das comunidades de acolhimento foram graduados em artes e ofícios em Cabo Delgado, no quadro dos esforços de promoção e inclusão social e económica da juventude, através da transferência de habilidades e ferramentas.
A graduação enquadra-se na iniciativa de formação profissional lançada em Outubro de 2021 pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e o Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo (IFPELAC).
O projecto beneficia jovens que fugiram das suas zonas de origem devido à violência e terrorismo, e promove a igualdade de género para que raparigas e mulheres tenham acesso à formação técnico-profissional.
A colaboração entre o ACNUR e o IFPELAC permitiu a formação dos jovens em carpintaria, serralharia civil, técnica de fabrico de blocos, construção, canalização, secretariado, frio e climatização, pintura civil e electricidade instaladora.
“Esperamos que este grupo seja o início e o exemplo de uma reconstrução equitativa e sustentável. Apoiar formação profissional destes e destas jovens é contribuir para que consigam encontrar um mercado de trabalho adequado às suas habilidades, num ambiente estável e seguro para todos e todas, bem como um passo-chave para reconstruir as suas comunidades”, disse Margarida Loureiro, chefe de escritório do ACNUR em Pemba.
O apoio do ACNUR neste plano de formação profissional no IFPELAC abrange os custos de inscrição e taxas dos cursos técnicos, bolsa-auxílio para transporte e necessidades básicas, equipamentos de protecção, kits profissionalizantes e desenvolvimento de habilidades e competências essenciais para a vida, por meio de formação adicional e aprendizagem experimental.
Por sua vez, o delegado do IFPELAC em Cabo Delgado, João Massingue, disse que a formação profissional constitui ferramenta robusta que permite a transição para o mercado do trabalho dos jovens, particularmente os que procuram o primeiro emprego.
“Estamos engajados em continuar a formar os jovens da província, não só para a sua inserção no mercado laboral, como também para actividades orientadas com o Plano de Reconstrução de Cabo Delgado”, concluiu Massingue.