ICM quer aumentar controlo de saída de produtos agrícolas nas fronteiras com Malawi

O Instituto de Cereais de Moçambique (ICM) promete que vai aumentar, nos próximos dias, o controlo de saída de produtos agrícolas com destaque para o milho nas fronteiras com o vizinho Malawi, com vista a reduzir os níveis de informalidade do mercado transfronteiriço.

Para efeito, o ICM, assinou no sábado, no distrito de Marracuene, província de Maputo, um memorando de entendimento com a Agricultural Development and Marketing Corporation (ADMARC) do Malawi, visando uma melhor organização do mercado.

Falando momentos após a assinatura do instrumento, o director-geral do ICM, Mohamed Valá, disse que, actualmente, o mercado ao nível transfronteiriço do lado moçambicano é caracterizado por informalidade em cerca de 70%, que faz com que o Estado não consiga ter o controlo das saídas e entradas.

Segundo Valá, citado pelo jornal Notícias, nos últimos anos, assiste-se a um movimento um pouco forte e a ideia é aumentar cada vez mais os negócios nos dois lados, através de uma melhor organização, com discussões de equipas dos governos dos dois lados de quatro em quatro meses.

“Nós não podemos deixar o sector privado a mercê. Como Governo vamos promover encontros com os nossos empresários para que haja sintonia, através da conjugação de esforços, tanto na importação como na exportação de produtos”, disse Valá.

De acordo com a fonte, com este movimento, acredita que se vai fortalecer as relações comerciais criando-se oportunidades para o agro-processamento, contribuindo deste modo para industrializar os produtos agrícolas moçambicanos.

Valá recorda que hoje, o ICM tem a gestão dos silos que vão ser pivôs, ou seja, âncoras para criar este movimento, seja de cereais, sobretudo o milho, mas também, outras leguminosas de graus.

“Portando, esta interação pressupõe que nos próximos três anos, vamos ter muitas vantagens e ganhos na economia, sobretudo transfronteiriço e rural”, frisou Mohamed Valá.

Garantiu ainda que a implementação do instrumento começa agora, mas obviamente que, enquanto se fazem arranjos operacionais ao nível dos dois países, está agendado um encontro já para Julho, numa altura em que Moçambique vai estar na fase de colheitas.

Explicou que, nos últimos dois anos, tem se notado, no caso específico do milho, uma paridade no preço que é praticado em Moçambique (de 14 meticais por quilograma) e do lado malawiano.

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