Hospitais públicos estão a funcionar com normalidade apesar da greve dos médicos

Hospitais públicos estão a funcionar com normalidade apesar da greve dos médicos

O ministro da Saúde assegurou hoje que todos os hospitais do país estão a “funcionar dentro da normalidade”, no primeiro dia da greve anunciada pelos médicos.

“A informação que nós temos, via contacto telefónico, é que em todo o país o Serviço Nacional de Saúde está a funcionar dentro da normalidade”, disse Armindo Tiago, durante uma visita ao Hospital Provincial da Matola, em Maputo.

O governante está a visitar unidades hospitalares para avaliar o seu funcionamento face à greve anunciada pela Associação Médica de Moçambique (AMM), tendo constatado que “um e outro médico” estão ausentes, nalgumas províncias.

A AMM iniciou hoje uma greve nacional de 21 dias, contestando o incumprimento das suas reivindicações na aplicação da nova Tabela Salarial Única (TSU).

No Hospital Central de Maputo, segundo constatou a Lusa, tudo decorre normalmente.

“Está tudo a funcionar normalmente, estão a atender do mesmo jeito de sempre”, disse Dalina Américo, que voltou hoje ao hospital, uma semana depois de um parto por cesariana.

Dalina voltou à maternidade para retirar os pontos e dirigiu-se depois para o laboratório, afirmando que, nos dois locais, foi “bem atendida” e “não parece haver greve” no maior hospital.

Em Novembro, os médicos adiaram a greve, após encontros com os ministros da Economia e da Saúde, para “dar tempo ao Governo” de “implementar os princípios acordados”.

No entanto, dos 12 pontos discutidos, foram alcançados acordos em oito, mas o Governo moçambicano cumpriu “apenas três”.

A AMM aponta a “mudança constante de interlocutores por parte do Governo” e a falta de transparência sobre a “forma como os salários dos médicos estão a ser ou não processados”, como alguns dos pontos que determinaram o fracasso das negociações até esta altura.

A implementação da TSU está a ser alvo de forte contestação por parte de várias classes profissionais, nomeadamente médicos, juízes e professores.

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