A altura de um indivíduo pode ser um factor biológico suficiente e determinante para a ocorrência de algumas doenças, como a disfunção eréctil, nos homens adultos.
A altura, sobretudo em idade adulta, dizem os cientistas, pode afectar mais de 100 características clínicas, impactando não só na saúde, como também na qualidade de vida das pessoas.
Esta é uma conclusão de um estudo que observou mais de 250 mil participantes, e indica que as pessoas com alturas iguais ou superiores a 1.76 metros apresentam um maior risco de neuropatia periférica – disfunção de um ou mais nervos periféricos. Esta condição dos nervos pode levar também às infecções de pele, úlceras nas pernas e nos pés e complicações nos ossos.
Segundo a investigação, ser alto aumenta ainda o risco de fibrilação atrial e varizes, mas nem tudo são más notícias: pode trazer também benefícios para a saúde, uma vez que o estudo associou as pessoas mais altas a um menor risco de doença cardíaca, tensão arterial e colesterol alto.
O trabalho descartou condições externas como a dieta alimentar e o meio ambiente focando-se apenas na altura dos pacientes, cujo índice de massa corporal situava-se numa média de 30.1.
Os investigadores do Rocky Mountain Regional VA Medical Center dizem que o estudo prova que a altura pode ser um factor de risco “biologicamente plausível” para várias condições de saúde em adultos e que, uma vez que não é modificável, deve ser considerado na hora de fazer uma avaliação clínica ou estudar factores genéticos que possam ter impacto na saúde.
Deixe uma resposta