Hidroeléctrica de Cahora Bassa produz 6% abaixo do registo de 2020

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), principal fonte de electricidade no país para consumo interno e exportação, registou nos primeiros noves meses do ano uma produção 6% abaixo da registada em 2020, anunciou a empresa.

Até final do terceiro trimestre, a produção de energia chegou a 10 899,79 GWh, depois de no mesmo período de 2020 se ter cifrado em 11,602 31 GWh.

Apesar da quebra, a HCB referiu em comunicado que o valor está 5,5% acima do que tinha previsto produzir num ano para o qual já estava antecipada uma redução na produção de electricidade.

O último relatório de actividades detalhou que, devido a actividades de manutenção adiadas em 2020, por causa de covid-19, a meta anual de produção deste ano é de 14 125,53 GWh, cerca de 8% abaixo dos 15 350 GWh do último ano.

A albufeira terminou o terceiro trimestre de 2021 com uma cota de 324,29 metros – correspondente a um volume útil armazenado de 91,4% – e o objectivo é efectuar descargas para descer até 320,80 metros no final do ano, anunciou no mesmo comunicado.

Aquele nível deverá garantir “capacidade de encaixe” para a época chuvosa e o cumprimento das normas de exploração da barragem.

Situada no rio Zambeze, na província de Tete, centro do país, a barragem de Cahora Bassa abastece a África do Sul e o sul de Moçambique com uma produção anual que em 2020 foi 4,7% superior a 2019.

A empresa tem em curso um plano de modernização que prevê investimentos na barragem, central de geração, subestações do Songo e de Matambo e nas linhas de transporte de energia, visando aumentar a fiabilidade técnica e operacional.

O Estado moçambicano detém 85% das ações da HCB, 7,5% pertencem à Redes Energéticas Nacionais (REN) portuguesa e 4% são de investidores nacionais, sendo os remanescentes 3,5% detidos pela própria HCB.

Agência Lusa

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