Arrancou nesta segunda-feira, as obras de construção de uma unidade neonatal no Hospital Central de Maputo. A unidade terá pouco mais de 100 camas, berçários, laboratórios e salas de parto.
Trata-se de um investimento de cerca de 20 milhões de dólares disponibilizados pela Agência Japonesa de Cooperação Internacional com previsão do término em 2027.
O lançamento da primeira pedra da infraestrutura foi feito pelo ministro da Saúde, Hussene Isse, e vai prestar serviços de saúde essenciais às mães e aos bebés, num contexto em que 28 a cada mil crianças morrem logo após o nascimento, segundo estatísticas da saúde.
“Cada um de nós tem de fazer o seu melhor. Nós, como governados, temos de fazer o nosso melhor para garantir condições apropriadas para que o povo moçambicano seja atendido correctamente nos hospitais e possamos salvar mais vidas”, disse na ocasião Hussene Isse citado numa publicação do “O País”.
A infraestrutura vai responder às necessidades do sector, numa altura em que, de acordo com o sector da saúde, 24 recém-nascidos morrem em cada mil nascimentos, devido a complicações de saúde, associadas, também, à falta de tratamento adequado nos hospitais moçambicanos.
A unidade neonatal a ser erguida no Hospital Central de Maputo, terá equipamento de última geração. “Como dizia o embaixador, será equipado com a última tecnologia de ponta do mundo em Moçambique. Isto nos orgulha”, disse Hussene Isse.
Com esta unidade, aumenta a capacidade de camas no maior hospital do país para internamentos de recém-nascidos e das suas mães.
“O Hospital Central de Maputo, que contará com a capacidade de 105 camas, divididas em duas enfermarias, que compreenderão os cuidados intensivos e cuidados intermediários”, explicou o director do HCM, Mouzinho Saíde.
Já o representante da JICA, Otsuka Kazuki disse, na ocasião, que, com o projecto, a organização pretende responder ao desafio da falta de infra-estruturas e equipamentos adequados que proporcionem um ambiente hospitalar harmonioso para as mulheres grávidas e recém-nascidos durante o processo de diagnóstico e tratamento atempado de qualquer anomalia.
Trata-se de uma infra-estrutura que vai responder aos serviços necessários para reduzir as mortes neonatais no país, no geral, e em Maputo, em particular.
“Será composto por berçários, sala de parto, sala de cirurgia, sala de cuidados intensivos, laboratórios, entre outros serviços essenciais para a saúde da mãe e do bebê, cujo custo está orçado em mais ou menos 20 milhões de dólares americanos, aproximadamente um bilião e duzentos e cinquenta milhões Meticais ao câmbio do dia”, disse Otsuka Kazuki.
O embaixador do Japão, Iwasaki Taira, sublinhou que, sendo Moçambique um dos países do mundo com elevadas taxas de mortalidade materno-infantil e com muitos desafios, como a deterioração de infra-estruturas de saúde e escassez de profissionais, está convicto que, com a construção desta unidade de neonatologia, muitas vidas serão salvas e será lançada a base para que as famílias possam viver com alegria e em segurança.
“A saúde pública é a base para uma governança nacional sustentável, sendo o primeiro passo na construção do futuro de um país”, frisou Iwasaki Taira.
A nova unidade de neonatologia, vai dotar a maior unidade sanitária do país de infra-estruturas modernas e adequadas para o atendimento especializado dos recém-nascidos em estado crítico, promovendo intervenções mais eficazes e humanizadas.
A execução da obra estará a cargo da empresa Japonesa Dai Nippon Construction (DNC) e sob fiscalização do consórcio entre a Yachio Engineering, Azusa Sekkei e Binko Internacional, responsáveis pela elaboração do projecto arquitectónico e infra-estrutura.
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