A Albufeira de Cahora Bassa registou, no mês de Janeiro do presente ano hidrológico 2024/25, uma tendência de melhoria das afluências, o que resultou numa ligeira recuperação do armazenamento e estabilidade da cota da albufeira para a produção hidroenergética requerida e atender as necessidades enegéticas de Moçambique, África do Sul e a outros países da região através mercado regional de energia da África Austral (SAPP), apesar da continuidade da situação da seca regional que se observa desde o ano hidrológico 2023/24, atenuada pelas medidas de gestão hidroenergética em implementação desde 2024.
As afluências previstas para Janeiro eram de 1.100 m3/s, baseadas no que se observava naquela altura, no entanto, já na última semana de Janeiro observaram- se caudais significativamente positivos e maiores, tendo atingido o pico de cerca de 4.000 m3/s a 30 de Janeiro de 2025, o que melhorou a média de afluências observadas para 1.585 m3/s.
No entanto, este nível de afluências ainda está muito longe das afluências médias históricas de Janeiro dos últimos 43 anos, que são de 2.642 m3/s. Estas afluências normalmente surgem da combinação das contribuições vindas da bacia própria da Albufeira de Cahora Bassa e água turbinada na barragem de Kariba e de caudais que efluem a partir do sistema do rio Kafue, na República da Zâmbia, que neste momento se encontram em restrições de produção hidroenergética.
Em resultado da melhoria das afluências de Janeiro, o armazenamento final do mês, que havia sido previsto em 19%, fixou-se em 21.7% com tendências crescentes na primeira semana de Fevereiro. Neste período, Janeiro, o caudal efluente foi essencialmente o turbinado, aquele que resulta da produção de energia, que não desviou substancialmente do previsto.
Tendo em conta as afluências que se verificam nestes primeiros dias do mês de Fevereiro e as optimistas previsões de precipitação para os próximos dias dos meses de Fevereiro e Março de 2025, a HCB continuará a monitorar a evolução da situação hidrometeorológica da bacia do Zambeze, bem como a operação das barragens de montante, podendo efectuar eventuais ajustes ao plano de exploração em vigor. (Comunicado)
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