O sistema informático moçambicano foi vítima de ataque informático entre o final de domingo e quase toda a manhã de segunda-feira. Cerca de 30 sites governamentais foram derrubados, supostamente, por terroristas iemenitas.
Os sites do Governo, aqueles com a extensão (gov.mz) foram substituídos por imagens normalmente relacionadas com a chamada “insurgência islâmica”.
“Atacado por ‘hackers’ iemenitas” é o título, escrito em inglês, da página com uma foto de um homem com uma metralhadora e lenço na cabeça que surge replicada quando se tenta entrar em diferentes portais.
Entre os sites sequestrados estão os do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), da Administração Nacional de Estradas, da Administração Regional de Águas do Sul ou do Instituto Nacional de Transportes Terrestres (INATTER), segundo avançou a Televisão de Moçambique.
Apesar disso, alguns sites relevantes no país parece que se mantiveram intactos, como os do Governo, Presidência da República, Banco de Moçambique, Ministério da Saúde, portal Covid-19, Instituto Nacional de Estatística ou Procuradoria-Geral da República (PGR).
Afinal, que informações procuravam os “hackers” iemenitas?
Até ao momento parece que os piratas conseguiram aceder a informações relevantes para o país, tal como se podia ler numa mensagem de rodapé na imagem que aparecia nos portais sequestrados.
A página replicada em todos os ‘sites’ inoperacionais anuncia no rodapé que houve dados extraídos e que serão vendidos a um preço barato, mas sem exibir evidências.
Os sites governamentais em Moçambique estão sob a responsabilidade do Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação – que também teve seu site fora da rede – e do Instituto Nacional de Governo Electrónico.