Cerca de quatro mil mineiros ilegais, dos quais 700 são moçambicanos, estão retidos há mais de 2 mil metros de profundidade de uma mina abandonada em Stilfontein, na província de North West, na África do Sul.
De acordo com a Rádio Moçambique, os mineiros ilegais ficaram retidos quando invadiram uma mina de ouro abandonada há vários anos.
Esta semana, o Governo sul-africano decidiu bloquear o abastecimento de água e alimentos de modo a forçá-los a abandonar o local por ser considerado perigoso.
“Recebemos uma denúncia do proprietário da mina e do Departamento de Recursos Minerais indicando que esta mina abandonada não é segura, porque há ocorrência de gases no seu interior. O terreno também não está seguro, e não é expectável que haja [pessoas] a irem abaixo fazer um trabalho pesado de mineração ”, explicou a polícia à televisão sul-africana, NewRoom.
Além dos 700 mineiros ilegais moçambicanos, outros são provenientes de Zimbabwe, Lesotho e da própria África do Sul, escreve a emissora pública de radiodifusão moçambicana.
“A nossa responsabilidade aqui é prevenir a criminalidade, e é o que exactamente estamos a fazer, como SAPS. Estamos a prevenir a mineração ilegal, prevenir que possam ir abaixo para actividades mineiras e estamos a prevenir que a comida e água possam ser enviadas para dentro da mina, para evitar que continuem a trabalhar”, disseram as autoridades policiais.
Familiares de alguns dos mineiros permanecem no local para pressionar as autoridades sul-africanas a ajudar a sua retirada sem no entanto cortar o acesso a água e alimentos.
De referir que em Agosto passado, 1200 mineiros abandonaram o local numa operação semelhante levada a cabo pela polícia.
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