O Porta-voz do Governo, Inocêncio Impissa, disse, hoje, que estão em curso trabalhos intensos com as empresas gestoras das portagens no país para avaliara os impactos da falta de pagamento das tarifas e das vandalizações de infra-estruturas.
“Há um trabalho muito intenso com os sectores financeiros, mas também de transportes e logística para compreender ou aprofundar as questões dos prejuízos da TRAC [Trans African Concessions] como empresa, mas, acima de tudo, daqueles que país está a somar” disse.
O governante referiu que o mesmo exercício está em curso junto da Rede Viária de Moçambique (REVIMO) que controla o maior número de portagens no país. Só em Maputo se podem contar as portagens da Bela Vista, em Matutuíne; Maputo-Katembe; Costa do Sol; Zintava; Matola Gare; Cumbeza; e Macaneta. ONGs já questionaram a legalidade das portagens da REVIMO no país.
TRAC controla as portagens de Maputo, a EN2 e de Moamba, na EN4. A legalidade da portagem de Maputo, na EN2 foi colocada em causa, na semana passada. Suspeita-se de ser fruto de corrupção do Governo da Frelimo, de 1997.
O ex-candidato presidencial Venancio Mondlane ‘decretou’ o não-pagamento das tarifas de portagens até 27 de Abril de 2025. A TRAC e a REVIMO tentaram, sem muito sucesso, retomar a cobrança das taxas de portagens, depois de uma suspensão forçada, em Dezembro de 2024, pelas manifestações pós-eleitorais. Os automobilistas e a população em geral se revoltaram contra a medida e evocaram a ‘ordem’ de Venancio Mondlane.
A REVIMO tem algumas de suas portagens vandalizadas. As portagens da TRAC continuam intactas, mas uma acção popular recente, que culminou com o incêndio a duas viaturas da empresa no recinto dos seus escritórios deixou a empresa em alerta. A TRAC não está a cobrar as tarifas.
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