Governo quer envolver gestão privada na redução de perdas de água

Segundo o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, João Machatine, que falava na semana passada, em Maputo, no lançamento da Conferência Internacional de Financiadores para o Sector do Abastecimento de Água Urbana, o país regista perdas de água de 50% e espera-se que a gestão privada introduza tecnologias que possam reverter o actual cenário.

“Queremos que o sector de gestão de água seja transparente e criterioso, focado no bem servir. Da abordagem que temos feito com os nossos parceiros, percebemos que eles são sensíveis a esta matéria e estamos confiantes na melhoria da provisão e gestão deste recurso”, disse.

Machatine referiu que o sector privado deve ser envolvido em todos os investimentos a serem realizados até 2032, altura em que se prevê o abastecimento universal de água no país.

“Neste momento estamos com enormes desafios e já escolhemos projectos prioritários, desde a dessalinização de água, construção de mini-hídricas e o processo de distribuição nas cidades”, disse.

Assim, tal como indicou, abre-se espaço para que a actuação do sector privado de água seja diversificada. Acrescentou que o projecto de abastecimento de água para todos, num horizonte de dez anos, está a ser concebido para vários segmentos do sector privado.

“Já foram criadas sociedades de gestão de água para as três regiões do país, mas antes foi constituída a autoridade reguladora que, dentre várias atribuições, a mais importante é salvaguardar os interesses dos investimentos e dos consumidores”, disse.

Machatine acredita que, com as competências e autonomia conferida a esta entidade, todos os investimentos feitos estarão salvaguardados.

O país, tal como referiu, tem boa experiência da empresa Águas da Região de Maputo e o que se pretende é expandir esta visão para outras cidades.

“É importante que os investidores tenham certeza de que ao entrar nestas sociedades os seus interesses estarão salvaguardados. Convidamos todos os parceiros, nacionais e internacionais, a participarem na conferencia de Setembro porque visa criar condições para melhorar o abastecimento deste recurso”, disse.

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