O Conselho de Ministros de Moçambique prometeu medidas concretas para travar os altos índices de fatalidades em acidentes de viação no território moçambicano.
“Poderemos anunciar, nas próximas sessões do Conselho de Ministros, medidas em concreto” face à sinistralidade rodoviária”, disse Filimão Sauze, porta-voz do Conselho de ministros, após uma sessão na Presidência moçambicana, em Maputo.
Segundo o pota voz, as decisões resultam de recomendações de uma comissão de inquérito criada após o acidente de viação mais grave de sempre registado em Moçambique, com 32 mortos, ocorrido em 03 de julho no distrito da Manhiça, envolvendo dois camiões e um autocarro que tentou fazer uma ultrapassagem irregular na Estrada Nacional 1 (EN1), a principal do país.
Há uma semana, o distrito da Manhiça voltou a ser palco de um outro acidente de viação, quando um jipe chocou de frente com uma viatura ligeira de transporte coletivo que seguia de Maputo para Xai-Xai, capital da província de Gaza, tendo resultado na morte de 18 pessoas.
“É com base nas constatações holísticas da comissão que se está a trabalhar para definir medidas que não resolvam de forma exclusiva a questão de Manhiça, mas que procurem fazer cobertura à questão da sinistralidade no nosso país”, referiu o porta-voz do Conselho de ministros. Após o último acidente, o governo provincial de Maputo reuniu-se num encontro extraordinário com diversas autoridades e deram conta de um reforço de fiscalização ao longo da EN1 no distrito da Manhiça.
De uns anos para cá, as estradas moçambicanas têm se transformados em verdadeiros corredores de mortes. Facto que preocupado não só o governo, como também a sociedade civil.
Segundo dados oficiais, Moçambique regista em média pelo menos mil mortos por acidente de viação anualmente.