O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, João Machatine, revelou na última semana, que o executivo vai unificar os contratos de fornecimento de água em zonas onde existe sobreposição de ligações (entre provedores públicos e privados), por forma a proteger o consumidor.

Segundo João Machatine, que falava na Assembleia da República, já foram desenvolvidos e acordados modelos de integração que materializam os princípios de co-existência, complementaridade, convivência harmoniosa entre estes dois actores.

“Neste sentido, em zonas com sobreposição da rede, os privados poderão receber e fornecer este recurso a partir da rede pública como forma de assegurar a continuidade do serviço e expansão da cobertura”, explica Machatine.

Ainda assim, a expansão do serviço público de abastecimento de água em curso em determinadas áreas do país, com destaque para o Grande Maputo, tem estado a gerar preocupações de alguns privados, em virtude de ser entendida como um risco para o seu negócio, no sentido de que pode levar à perda de clientes e, consequentemente, comprometer o retorno dos investimentos realizados.

“A demanda por água é enorme no nosso país e nenhum Governo sério se poderá dar ao luxo de dispensar o sector privado na complementaridade das suas acções”, sublinha Machatine.