Governo português diz haver uma “fratura exposta na sociedade moçambicana” e que é preciso resolver

Governo português diz haver uma “fratura exposta na sociedade moçambicana” e que é preciso resolver

O Governo português disse através do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que “há uma fratura exposta na sociedade moçambicana hoje em dia e é preciso resolver esse problema”.

Segundo Paulo Rangel, citado pelo Notícias ao Minuto, “têm havido muitos passos discretos da diplomacia” no sentido de solucionar esse problema em Moçambique.

Falando aos jornalistas, esta sexta-feira, no Festival de Cinema Índia, que assinala 50 anos de relações diplomáticas, no Cinema São Jorge, em Lisboa, Paulo Rangel explicou que “o Governo português publicou um comunicado justamente para dar consistência a uma posição devidamente articulada”. Contudo, entende que “não se tem lido com atenção” a posição do Governo português.

A 23 de Dezembro, o primeiro-ministro, Luís Montenegro tinha publicado, na rede social X, uma mensagem que sublinhava “o propósito de que a transição que agora se inicia possa decorrer de forma pacífica e inclusiva, num espírito de diálogo democrático, capaz de responder aos desafios sociais, económicos e políticos do país”, em relação ao resultado das eleições moçambicanas.

Também o Ministério dos Negócios Estrangeiros, indicou que o Governo português estava disponível para trabalhar com o novo presidente e com o Executivo moçambicanos.

Por sua vez, o Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa destacou a “importância do diálogo democrático” entre todas as forças políticas de Moçambique e saudou “a intenção já manifestada de entendimento nacional”.

O novo presidente de Moçambique toma posse a 15 de Janeiro, fixou o Conselho Constitucional (CC), na quinta-feira. Segundo a proclamação do CC, a vitória foi dada a Daniel Chapo, actual secretário-geral da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder).

Apesar dos resultados, vários manifestantes pró-Venâncio Mondlane, que obteve apenas 24% dos votos, mas que reclama vitória, protestam pela “reposição da verdade eleitoral”.

 

(Foto DR)

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