O secretário de Estado da Juventude e Emprego, Osvaldo Petersburgo, defende que a meta do governo continua a ser de criação de três milhões de postos de trabalho para jovens até 2024.
Osvaldo Petersburgo fez este pronunciamento durante a abertura de um centro para a formação profissional de jovens, nas diversas especialidades, incluindo a mecânica.
Ainda assim, para os analistas esta pretensão é irrealista, visto que a cada dia que passa, muitos jovens ficam desempregados.
Para a economista Inocência Mapisse, do Centro de Integridade Pública (CIP), “três milhões de emprego é uma meta irrealista, pois comparando com aquilo que tem acontecido, o que se constata é que vários jovens estão no desemprego”.
Perfilhando a mesma posição, a activista política e social, Quitéria Guirengane, afirma para que isso aconteça, “são necessárias também políticas públicas concertadas com a juventude, para a resolução dos seus problemas”.
Segundo o governo, várias são as acções em curso visando o alcance dessa meta, entre as quais o Fundo de Apoio a Iniciativas Juvenis, o Programa Meu Kit, Meu Emprego e o Projecto Emprega, “para estimular a juventude a participar no desenvolvimento do país”.
Contudo, Elton Chemane, especialista em assuntos ligados ao petróleo e gás, considera que uma forte aposta no conteúdo local, pode ajudar na criação de postos de trabalho para jovens.
“Todas as empresas moçambicanas, pequenas, médias e grandes devem ter a oportunidade de participar no sector do petróleo e gás, prestando serviços e providenciando mão de obra”, reitera o especialista.