O Governo moçambicano ainda não tem um plano de regresso dos pouco mais de 2500 deslocados no vizinho Malawi. Contudo, sem revelar detalhes, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação garante que todo apoio foi e continua a ser prestado aos necessitados através do Instituto Nacional de Gestão de Risco de Desastres.
São na sua maioria cidadãos sobretudo dos distritos de Mutarara em Tete e Morrumbala na Zambézia na região centro de Moçambique que se viram obrigados a buscar um lugar seguro na vizinha República do Malawi.
Tudo porque a Tempestade Tropical Ana fustigou as suas zonas em finais do mês de Janeiro deste ano. Questionado sobre o ponto da situação destes compatriotas, o Porta voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, António Macheve, citado pela RFI, mostrou-se cauteloso, mas garantiu que estes não estão abandonados apesar dos discursos contrários dos afectados.
“Não dizer com certeza neste momento onde é que estão, mas o que o governo fez através do INGD (Instituto Nacional de Gestão de Risco de Desastres) foi criar condições para assistência destes nossos compatriotas deslocados e, penso que a maioria ainda continua no Malawi, mas é algo que devemos confirmar com o INGD”, assegurou António Macheve.
Dados oficiais indicam que a tempestade tropical Ana matou 29 pessoas, feriu 129 e ao todo, acima de 10 mil pessoas ficaram deslocadas pelo fenómeno que afectou em Janeiro último, sobremaneira as províncias de Sofala, Zambézia, Tete no centro e Nampula norte do país.