Governo garante estar a trabalhar no sentido de criar condições para permitir a retoma e implantação de novos projectos de exploração de gás natural na Bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado.
Os esforços do Executivo acontecem numa altura em que o conflito, entre Rússia e Ucrânia, aumenta o interesse dos países, sobretudo os da União Europeia, em diversificar as suas fontes de fornecimento de gás natural.
Há dias, em Maputo, o Ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, reafirmou que Moçambique passará a ser um produtor e exportador de gás natural liquefeito, a partir do último trimestre do ano em curso.
Segundo Max Tonela, a maior parte da capacidade do gás a ser produzido já está contratada, através de um acordo de toma e um remanescente disponível para vender em outros mercados.
“Portanto, tendo tomador único, não temos muita folga para responder à demanda, mas estamos a trabalhar no sentido de criar condições para a retoma dos projectos e implantação de novos, tendo em conta que o conflito na Europa aumenta o interesse dos países de diversificar as suas fontes de fornecimento de gás natural”, disse.
Sobre os projectos interrompidos na província de Cabo Delgado, Tonela afirma que o Governo está a acompanhar e ao mesmo tempo a trabalhar com as concessionárias para que, face à melhoria da situação, tudo continue a ocorrer como está previsto.
De acordo com a fonte, o Executivo e a Total vão trabalhar para decidir a data da retoma dos trabalhos na Bacia do Rovuma, mas assegura ser muito cedo para determinar quando é que isso vai acontecer.
“O nosso objectivo é garantir uma estabilização total da região. Nós vimos um grande progresso, desde a intervenção feita pelas forças moçambicanas, em parceria com a SADC e o Ruanda”, frisou.
Acrescentou ainda que o Governo quer mais progressos que garantam uma estabilização e permitam que as pessoas possam circular e voltar à vontade para as suas zonas de origem, mas ainda há trabalhos a serem executados para se atingir os objectivos pretendidos.
Refira-se que, a petrolífera francesa Total activou a cláusula de força maior que levou à suspensão dos trabalhos de construção de plantas para a exploração e liquefacção do gás em Afungi, como resultado do ataque à sede do distrito de Palma, em Março do ano passado.
A suspensão das actividades pela Total também condicionou a decisão final do investimento do projecto liderado pela Mozambique Rovuma Venture, dada a interdependência das infra-estruturas nas áreas 1 e 4, na Bacia do Rovuma.
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