O ministro das Obras Públicas, João Machatine, considera ser “incontornável” a cobrança de portagens na estrada circular de Maputo, visto que vai garantir a manutenção da via.
“Esta questão das portagens é incontornável, porque não temos como garantir a manutenção desta infraestrutura”, referiu no final da reunião do Conselho de Ministros.
Apesar das várias contestações, Machatine, citado pela Lusa, disse que “milhares de pessoas já se tornaram dependentes da estrada circular”, numa alusão à expansão dos subúrbios de Maputo.
“Estamos preocupados em garantir a longevidade desta estrada para que essas pessoas continuem a circular”, destacou.
O governante quis também dissipar dúvidas sobre a Rede Viária de Moçambique (REVIMO), empresa concessionária que vai explorar as portagens: começou por ser 100% detida pelo Fundo de Estradas, até ter sido cotada na bolsa doméstica e atrair dois investidores institucionais.
Segundo a explicação do ministro das Obras Públicas, o modelo de cálculo sustentável do preço das portagens até indicava preços acima dos que vão ser aplicados.
“Atendendo ao modelo social, avançámos com medidas de mitigação e descontos”, acrescentou Machatine.
Entretanto, o governante disse ainda que as portagens vão criar 550 empregos.